terça-feira, 6 de outubro de 2009

Será que Lula também vai intervir?

A escandalosa intervenção brasileira em Honduras, que se prolonga a cada dia que Manuel Zelaya permanece na embaixada, transformada em quartel-general de sua insurreição, é uma porta aberta para novas manifestações a nível internacional. Noticia o jornal "El Universal" de Caracas que três estudantes de Direito permaneceram acorrentados à sede da Embaixada do Brasil em Caracas, durante nove horas, e obtiveram o compromisso do embaixador brasileiro de levar seus pedidos ao governo Lula: "Exigimos do governo brasileiro que inste o presidente Chávez a que permita a visita da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e a soltar os presos políticos, que têm o direito à defesa e a ser julgados em liberdade". Quem sabe Lula e sua diplomacia não aleguem, no presente caso, o famoso princípio da "não intervenção", lembrado sempre que se trata de poupar regimes como os de Cuba, Coréia do Norte, Irã, Sudão ou Venezuela. Afinal, os interesses chavistas têm primazia.

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